sexta-feira, 22 de julho de 2011

ONG Late Coração se reúne com policiais para dicutir ações conjuntas

Objetivo é definir procedimentos com relação às denúncias de maus tratos contra animais. Encontro aconteceu no Fórum, com a presença do Ministério Público, Polícias Civil Militar e Ambiental e Corpo de Bombeiros
  A ONG Late Coração promoveu uma reunião com o Ministério Público e polícias Ambiental, Civil e Militar e Corpo de Bombeiros a fim de esclarecer os procedimentos a serem seguidos em caso de denúncias de maus tratos contra animais. O encontro ocorreu nas dependências do Fórum, na manhã de terça-feira (19), com a presença da presidente da ONG, Antonella Cordi, da Promotora Luciana Uller, do comandante do Corpo de Bombeiros de Campos Novos, sargento Dhiêmis Pinheiro, do cabo Ciro Valdir Durli, da PM de Campos Novos, do delegado Kleverson Willian Parmezan, e dos policias ambientais, Remerson Ribeiro e Evandro Bottega.
Segundo Antonella, presidente da Organização Não Governamental Late Coração, criada há três meses, a ONG precisa de parcerias e orientações dos órgãos de proteção animais responsáveis para estabelecer um método de ação. “Em pouco tempo de atuação já recebemos diversas denúncias de maus tratos e muitas vezes ficamos sem saber o que fazer. Por isso essa proximidade com esses órgãos é de fundamental importância”, aponta.
A Late Coração surgiu pela necessidade verificada com o crescimento de Campos Novos, que implica também em uma maior população de cães, com a problemática do abandono de animais nas ruas. “Também queremos minimizar os maus tratos, que é um problema bem complexo e de resolução de médio a longo prazo, com um trabalho de base que envolve conscientização sobre posso responsável, incentivo à adoção e punição o]aos que cometem crimes contra os animais. Mas só com uma parceria forte e coesa com os órgãos de proteção é que poderemos alcançar este mérito”, ressalta.

Para a Polícia Ambiental, lotada no município de Herval d’Oeste, o maior problema tem sido a falta de contingente. Há cinco policiais para fiscalizar e acompanhar uma área extensa que abrange 20 municípios.  Porém, esses cinco policiais trabalham em forma de turnos e revezamentos, agravando ainda mais o problema.
“Em caso de maus tratos, a gente recebe a denúncia, cadastra e depois o comando delega a averiguação, que dependendo do trabalho, pode levar até 15 dias. Precisamos do parecer do médico veterinário até para comprovar a situação e encaminhar ao Ministério Público. Quando constatado crime, a multa pode variar de R$ 500 a R$ 3 mil, valores mais altos quando relacionados á espécies em extinção”, explica Evandro.
Mas as dificuldades não são apenas com a falta de material humano. “Muitas vezes temos que acionar o Corpo de Bombeiros porque não temos equipamentos para, por exemplo, conseguir retirar de circulação um cão raivoso ou então quando nos chamam ou nos entregam um animal machucado. Já tivemos um caso em que levamos um cachorro a um médico veterinário cuja conta deu R$ 300, e a Polícia Ambiental não tem recursos para esse fim”, conta Remerson.

Os policiais ambientais destacam que o problema é inerente a todos os municípios da região. “Mas queremos deixar claro que estamos à disposição para dar atendimento dentro das nossas possibilidades”, informa Remerson.

Do encontro resultaram as seguintes possibilidades: a Polícia Militar de Campos Novos ficará com o atendimento imediato, irá ao local da denúncia quando for questão de flagrante; na Delegacia Civil poderão ser registradas denúncias e o Corpo de Bombeiros está relacionado acasos que envolvam acidentes provocados por animais, mas que envolvam o atendimento humano, que é a sua principal função. Casos mais graves serão encaminhados á Policia Militar Ambiental.

Reunião aconteceu na manhã de terça-feira (19), nas dependências do Fórum
A ONG irá confeccionar uma cartilha que contenha as leis de maus tratos aos animais e distribuir às polícias. Já para a sociedade em geral, um guia básico com orientações sobre como denunciar e as conseqüências dos maus tratos.

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